Atualmente, os sistemas de bicicletas compartilhadas estão amplamente popularizados, podendo ser encontrado em mais de 400 cidades ao redor do mundo, incluindo importantes centros de urbanização, tais como Paris, Londres; Washington D.C., Estados Unidos; e, São Paulo, Brasil. A lista de cidades que possuem o sistema é enorme, visto os inúmeros benefícios que o sistema pode trazer: redução do congestionamento, melhora na qualidade do ar de forma a não emitir poluentes, fornecimento de serviços complementares ao transporte público, favorecimento à saúde da sociedade, além do aprimoramento da imagem pública da cidade.

Curitiba, sendo uma das mais importantes cidades sustentáveis do Brasil, não teria como deixar de utilizar tal sistema. O consórcio Bike Fácil, apresentou no último dia 29, um protótipo dos veículos e dos paraciclos – Instalação física de armazenamento das bicicletas – sugeridos para a implantação na capital paranaense. O consórcio realizou uma parceria com a empresa hispânica Ride On, do mesmo criador que a organização Bonopark, a qual administra o sistema de compartilhamento de bicicletas em Madrid, na Espanha.

A proposta é que se tenha 480 bicicletas e 43 estações divididas em pequeno, médio e grande porte, distribuídas pela cidade. Caso a empresa venha a ganhar a licitação a qual participam, a previsão é de que as bicicletas já estejam circulando a partir de Janeiro de 2017, sendo instalado o primeiro lote com 25 estações e 280 bicicletas nos primeiros 75 dias. Além disso, todas as estações de troca possuirão pontos de Wi-fi gratuitos para facilitar os empréstimos via aplicativo em Smartphones.

Quanto às tarifas, a empresa Bike Fácil pretende cobrar R$ 5 pela tarifa diária, R$ 12 pela tarifa mensal e R$ 54 pela tarifa semestral. No entanto, durante o período contratado, o usuário poderá utilizar a bicicleta alugada por 45 minutos e terá de esperar mais 15 minutos para podê-la emprestar novamente. A ideia nesse caso é a de incentivar a rotatividade das bicicletas, tendo a certeza de que sempre haverão meios de transportes disponíveis aos outros usuários. Caso houver algum atraso nos 45 minutos, haverá taxas adicionais com um valor entre R$2 e R$2,5 para cada 15 minutos ultrapassados.

Um dos fatores que mais chamam a atenção, é que as bicicletas compartilhadas terão um suporte devido para o encaixe de baterias, de tal forma a transformar a bicicleta convencional em uma bicicleta híbrida. A ideia inicial é de que cada usuário possua o seu próprio sistema e o acople no meio de locomoção quando for utilizado, como o sistema add-e. Caso a empresa for homologada, a Bike Fácil terá os direitos de implantação, operação, manutenção e monitoramento do serviço integrado de bicicletas públicas em Curitiba durante os próximos cinco anos.